Foto: Beto Albert (Diário)
Mesmo diante das queixas de longas filas e de espera de mais de uma hora nos Pare e Siga, o diretor-geral da Rota de Santa Maria, Leandro Conterato, confirmou que a empresa terá de seguir, nos próximos meses, com as obras de reparos profundos na RSC-287, no trecho entre o Trevo do Aeroporto e o pedágio de Palma.
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O pedido de alguns vereadores, prefeitos e autoridades, em reunião na quarta-feira (26), na Secretaria Estadual da Reconstrução, na Capital, de parar com esses reparos enquanto não for concluída a nova ponte no Arroio Grande, para amenizar os congestionamentos, não deve ser atendido.
Segundo Conterato, o motivo é que o contrato com o Estado obriga a concessionária a fazer a recuperação total dos 204 km da rodovia até o final do 5º ano da concessão, ou seja, até agosto de 2026. Em entrevista à Rádio CDN e TV Diário, na quinta-feira (27), Conterato afirmou que o tempo de espera dos veículos pode ter aumentando um pouco por conta das pontes móveis do Exército, mas alega que o transtorno mesmo é mais por conta do Pare e Siga em si, que é necessário.
Ele disse que a Rota tenta medidas para amenizar o tempo, pois entende que essas obras geram transtornos aos motoristas. Mas alega que não há mágica a ser feita, já que há muito fluxo de veículos no trecho e os carros precisam passar com velocidade menor por conta das obras.
O diretor da Rota declarou também que o trecho perto de Santa Maria é o que estava em piores condições do pavimento, pois a rodovia foi feita no passado praticamente sem base de pedra. Ao ser retirado o asfalto velho, há trechos em que só há 10cm de pedras e apenas terra como base, o que não dá resistência ao asfalto, provocando deformidades e buracos.
Portanto, nesse trecho entre os km 222 e 225, está tendo de ser refeita totalmente a pista, colocando base nova e asfalto. Conterato disse que esse trecho deve ficar pronto até a Páscoa, dia 20 de abril.
Questionado se a Rota não pode parar com reparos profundos perto de Santa Maria enquanto não estiver pronta a nova ponte do Arroio Grande, para amenizar as longas filas, Conterato disse que será preciso seguir com essas obras entre os km 232 (trevo do Aeroporto) e 225 (trevo de Silveira).
– Contando as pistas de ida e volta, são 14 km. Desses, em 9 km precisaremos fazer os reparos profundos e reconstruir a rodovia. Se deixarmos para fazer depois, vai ser preciso fazer mais Pare e Siga pontuais para reparos emergenciais – disse Conterato.
Ou seja, depois do atual Pare e Siga, haverá outros mais próximo a Santa Maria nos meses seguintes, o que exigirá paciência. O diretor da Rota disse que a concessionária tentará melhorar o sistema de Pare e Siga para amenizar as filas. Questionado se não poderiam ser colocados funcionários para adiantar a cobrança da tarifa nessas filas, para reduzir o tempo de espera depois, no pedágio, Conterato disse que a ideia não havia sido pensada, mas que pode ser avaliada.
Obra da ponte
Quanto à nova ponte definitiva no Arroio Grande, ele espera que o projeto seja aprovado pelo Estado em poucos dias e que a obra comece em abril. A partir daí, o prazo é de cinco a seis meses para concluí-la.
– A ponte antiga tinha 44 metros de extensão. A nova terá quase 70 metros e será dois a três metros mais elevada e com mais base de pedra para dar mais resistência para uma eventual nova enchente. Além disso, teremos de duplicar quase um quilômetro para o acesso à nova ponte – disse.
Isenção do pedágio
Questionado sobre a liminar judicial que determina isenção do pedágio de Santa Maria aos moradores de Palma, Conterato afirmou que está cadastrando os motoristas beneficiados, mas admitiu que a Rota ainda entrará com recurso para tentar derrubar a liminar. Se for mantida, a isenção deve entrar em vigor por volta de 10 de abril.
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